Como usar a gestão de DRE para avaliar a saúde financeira dos seus franqueados

A DRE é uma obrigação legal para todas as empresas: sigla para Demonstração do Resultado do Exercício, o documento, que deve ser entregue anualmente, apresenta de forma resumida as operações realizadas pela companhia naquele período, confrontando contas de receitas, despesas, investimentos, custos e provisões, e mostrando se a organização teve lucro ou prejuízo.

Feita adequadamente, porém, a DRE deixa de ser apenas uma obrigação para se tornar uma ferramenta valiosa: a elaboração periódica do relatório (trimestral, por exemplo, ou mesmo mensal) permite avaliar a real situação da empresa, gerando dados que auxiliam os gestores na tomada de decisões estratégicas.

Quais são as principais despesas da organização? Os custos mais elevados? Quais períodos do ano são mais lucrativos? Qual é a incidência de impostos sobre os produtos vendidos? Os caminhos apontados na DRE podem mostrar tendências de mercado que muitas vezes ficam ocultas nos números, e permitem extrair informações relevantes, analisar os dados de forma crítica, avaliar a eficiência das práticas adotadas pela companhia, e entender os ciclos financeiros do negócio. DREs realizadas de forma correta e com frequência são úteis até mesmo na hora de pedir um empréstimo ou atrair investidores.

No mercado de franquias, a gestão de DRE permite à rede entender exatamente como está a saúde financeira de seus franqueados. Pode parecer absurdo, mas há franquias em que a conta simplesmente não fecha, ou seja, redes em que os franqueados não ganham dinheiro de verdade.

É vital que a franqueadora esteja atenta a quem está ganhando dinheiro com a operação, quem está de fato tendo lucro: sem prestar atenção a isso, é comum que a rede tenha surpresas desagradáveis, como diversas unidades fechando as portas em pouco tempo. É o lucro dos franqueados que mostra se aquela rede de franquias é de fato sustentável – e se ela pode crescer também de forma sustentável.

Para que a franqueadora tenha acesso a esses dados, é preciso garantir o engajamento dos franqueados no preenchimento regular da DRE. Mas como fazer isso? A rede pode dar incentivos, ou seja, criar benefícios que recompensam as unidades que fazem a entrega das informações na data estabelecida: descontos em compras de produtos, por exemplo, ou prazos de pagamento melhores. Quem deixa de entregar os dados relativos à DRE perde os benefícios até regularizar a situação.

Na nossa plataforma, há uma gamificação que estimula os franqueados a bater metas financeiras, medindo performance (ou seja, quanto aquela unidade está faturando frente à meta estipulada). Além disso, temos um módulo que permite fazer a gestão da DRE como um todo.

A saúde financeira é um dos pilares do nosso programa de excelência, e o programa de excelência, por sua vez, incentiva o franqueado a engajar nos preenchimentos de dados que compõem a DRE. Do outro lado, a franqueadora consegue padronizar as categorias a serem preenchidas (com seu plano de contas) por todas as unidades na elaboração do relatório, o que permite cruzar dados e extrair boas práticas a partir dessas informações. Identificar essas boas práticas é importante para garantir sua replicabilidade, ajudando franqueados que não estão tendo lucro no momento a melhorar sua gestão para passar a lucrar no futuro.

Encarada de modo estratégico, a DRE é um meio objetivo para analisar a situação da empresa, avaliar a gestão, identificar gargalos na produção, entender possíveis situações negativas, otimizar processos internos, e corrigir falhas. Não é diferente no mercado de franquias: incentivando e cobrando o preenchimento frequente e a boa gestão da DRE, a franqueadora ajuda seus franqueados no caminho para o sucesso, obtendo informações essenciais para a tomada de decisões mais acertadas, e promovendo o crescimento sustentável da rede como um todo.
– via https://economiasc.com

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